terça-feira, 16 de setembro de 2008

Resenha Parada Gay (14/09 - Cp° Grande)

Um mar de gente, sol e trios elétricos fazendo ecoar música pelo centro da cidade. Um cenário de carnaval, não fosse a Música Eletrônica o hino daquela gente que se espalhava pelo Campo Grande, Avenida Sete de Setembro e Carlos Gomes no último domingo. DJ era a sigla de ordem. Entre trios de arrocha, pagode, música qualquer, os beats se faziam mais importantes e animavam a multidão. O trio da GGB abriu o desfile com a DJ Adriana Prates (Pragatecno - Salvador) e em seguida mais três, até o trio da Off Club, quinto da lista, trazendo os nomes mais ativos da cena eletrônica soteropolitana.

O DJ Oliver Jack abre o set com Rise Up, dando a entender que esta música seria, ao longo das sete horas de percurso, a música da Parada Gay de Salvador. Muito Tribal, um Electro aqui, outro acolá e tanta Club House que o que mais se via eram sorrisos no percurso.

Se gostar de música eletrônica é fácil, o cidadão baiano mostrou que dançar é mais fácil ainda. Oliver Jack entrega a enorme “pista” para o DJ Santz, que segue a linha Electro e Tribal, sem deixar muita opção para quem estava no trio, senão dançar. Minutos depois Anne Louise, que, juntamente com Marcinha Cidreira, deu um toque feminino ao trio da Off Club, abre seu set marcado pelos hits, inclusive Rise Up... Tribal? Sim, obrigada, era a preferência indiscutível do público.

Depois de Marcinha, o esperado Paulinho Agulhari. “Daquele jeito” é a expressão perfeita para definir o som do rapaz agregado ao resultado produzido pelo mesmo: pessoas ensandecidas pulando em cima e embaixo do trio elétrico.

Durante todo o percurso, Gogo boys dançavam e arrancavam gritos do público. Destaque para a Drag Pink, que animou o trio ao longo das duas avenidas. Debaixo do sol ou da luz do laser, a moça “bateu cabelo” e sorriu, garantindo o brilho e uma característica ainda mais clubber para o trio da boate Off Club.

Após todos os DJ’s convidados, o residente da boate, André Ycing, fez as honras da casa e transformou, mais uma vez, a parada em carnaval. A Multidão incansável acompanhou cada minuto do restante do percurso e se negou a largar o trio enquanto as batidas ecoavam.

Orgulho, sem dúvida, é a palavra da Parada Gay. Seja para a comunidade homossexual de Salvador, seja para o público amante da música eletrônica. E a bandeira da Paz que a Off Club levou durante todo o percurso deu mais que certo: quase meio milhão de pessoas dançando e elevando ainda mais o objetivo do trio da casa na 7ª Pride Salvador.

Júlia Galvão (Gema Carioca Music)

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