sexta-feira, 24 de outubro de 2008

D.N.A - Direct Note Access (Melodyne Studio)

Peter Neubacker inventou uma ferramenta que tornou possível identificar E MODIFICAR notas individuais de uma gravação de audio. O que já era possível fazer em arquivos MIDI, agora já é possível também em audio. A ferramenta será incorporada no Melodyne Studio 2, programa de edição de audio, e o preço gira em torno de US$400,00.
Sem dúvidas é uma ferramenta maravilhosa para quem trabalha com produção musical pois será possível editar tempo, tom, harmonia, prolongamento das notas dentre outros parâmetros.

Confira maiores detalhes e ilustrações no video abaixo.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

[Entrevista] DJ Jack (Energy Br)

Dj Jack é um dos nomes brasileiros mais fortes no exterior. Recentemente foi indicado ao prêmio de produtor revelação e já foi finalista do concursos de um concurso de Dj nacional. Para saber mais sobre Dj Jack, consulte a máteria "Who's Jack?" nesse blog.
Jack, após sua passagem pela capital baiana, nos cedeu uma entrevista exclusiva onde nos conta a impressão de Salvador e seu público que ele guardou consigo, falou um pouco das emoções de suas conquistas, falou um pouco como é o Trance (vertente que defende) e nos contou subre preferia entre vinil e CD dando opinião sobre o fácil acesso à mp3.

Confira com exclusividade:

Informe Eletrônico:
É a primeira vez que você toca em Salvador. O que achou do público? A festa cobriu suas espectativas?
Jack:
Putz, foi simplesmente DEMAIS! Um público totalmente empolgante, me senti em casa...rsE sem dúvidas, a COT cobriu bastante minhas expectativas quanto a Salvador, que já está entrando nas rota das melhores cenas de música eletrônica do Brasil.

I.E:
A Bahia é marcada por carnaval e é comum as pessoas acharem "interessante" o fato de também ter música eletrônica. Qual a impressão que voce tinha antes de tocar para o público baiano?
Jack:
Apesar de conhecer a cultura baiana e saber que ela sempre esteve envolvida com o carnaval, eu também já conhecia um pouco da cena eletrônica, e sei que ela sempre teve muito a oferecer, principalmente com o Drum’n’Bass e o Techno que já foram muito fortes.

I.E:
O Trance é uma vertente que podemos dizer ser nova no Brasil. Como voce classificaria a força da vertente no Brasil?
Jack:
Como você mesmo disse, ela ainda é “nova”, digamos que é um bebê que está dando os seus primeiros passos. Depois de alguns anos de luta, só agora é que estamos conseguindo ter o nosso espaço e mostrar para o Brasil que aqui tem excelentes DJs e produtores de trance, e que também exportamos o nosso trabalho para a cena internacional.

I.E:
Em Salvador a vertente ainda cresce e em São Paulo?
Jack:
Em São Paulo tem épocas que as festas engrenam e tem horas que elas dão uma caída, mas isso é normal, principalmente por não ser a vertente mais popular do mercado nacional. Mas sinceramente eu não acho isso ruim, porque quando temos festas de trance, o público comparece em peso sempre querendo mais e mais, e claro, aparece muita gente nova também.

I.E:
O Energy BR foi o primeiro núcleo Trance no Brasil e por um bom tempo passou sendo o único. Além do Energy BR e o recente City Of Trance existe algum outro núcleo que se tenha conhecimento? Esperava que surgisse de Salvador um "grupo de apaixonados" pela vertente?
Jack:
Sim, tem o Everson K e o Superti da Trance Republic em Porto Alegre, e também tem o pessoal da Be Trance em Curitiba, onde cada um faz a sua parte e tenta mostrar a nossa vertente para o público local.

I.E:
Como surgiu a idéia de montar o Energy BR? Quem são os fundadores e colaboradores? Enfrentaram dificuldades para "colocá-la na linha"? Quais dificuldades enfrentaram? Qual a região do Brasil o Trance é mais acolhido?
Jack:
Bom, eu criei o Energy BR em 2002 com a ajuda de alguns amigos e com a proposta de trazer de volta à cena eletrônica o trance “europeu”, que estava completamente estagnado em nosso país, enquanto no resto do mundo era o som que mais bombava nas pistas. A idéia do núcleo era de divulgar, através do site, informações, notícias, entrevistas, entre outras coisas, tudo relacionado ao trance aqui no Brasil e no mundo, além de claro, organizar as nossas festas, surgindo aí a State of Trance. :D
As dificuldades foram MUITAS, muita gente nos chamavam de loucos, que o trance era um som batido e que ninguém mais tocava ou ouvia. Obviamente com isso era quase impossível arrumar locais para se fazer as festas, mas como a vontade de provar que todos estavam errados era ENORME, nós fomos lá e nadamos contra a maré, provando que tínhamos razão, e hoje o resultado está aí, sendo colhido aos poucos.
Não é por ser a minha cidade, mas com certeza São Paulo é a cidade onde o trance é mais acolhido, isso por termos mais clubs e grandes festas, as oportunidades são maiores, além do mercado da música eletrônica, é claro!

I.E:
Vamos falar agora um pouco sobre o DJ Jack. Você começou sua carreira a 14 anos e em 2000 foi finalista do Space Jungle - Hypnotic, como foi essa experiência?
Jack:
Putz, esse campeonato foi uma das minhas primeiras grandes conquistas, pois fiquei entre os 30 finalistas, sendo que o vencedor foi o Murphy, sim, aquele mesmo do Techno...hahahahha...além dele saíram outros grandes DJs, como o Snoop, o Lukas e mais alguns. Isso foi o divisor de águas da minha carreira, pois foi a partir daí que ela começou a partir para o profissionalismo.

I.E:
Em 2007 rolou o projeto "Supernova", poderia nos contar um pouco dele?
Jack:
O projeto Supernova do saudoso club Lov.e, foi criado por uma amiga, a Elaine, e tinha como conceito a música para “divertir” e não se prender a rótulos com noites segmentadas. Em maio do ano passado eu fui convidado para ser residente mensal, que também contava com Mau Mau, Grace Kelly Dum e o duo Witchdoktor, cada um em uma semana e com convidados diferentes. No Supernova em uma mesma noite você ouvia trance, techno, house, progressive, e a pista não parava um momento, era divertidíssimo, sinto muitas saudades das noites de sexta do ano passado.

I.E:
Como voce classificaria seu set? Existe alguma preferencia sua entre as sub-vertentes do Trance?
Jack:
É difícil classificar meu set hoje em dia, pois eu gosto de tocar as músicas que realmente fazem a minha cabeça, independente de rótulo, mas se realmente tiver que dizer um estilo, eu diria que eu toco tech e progressive trance.

I.E:
Quando voce começou a produzir? Conte-nos sobre a sensação de ter suas produções sendo executada por grandes nomes do Trance Mundial e ter sido indicado ao prêmio de Produtor Revelação.
Jack:
Eu produzo desde 2004, mas nessa época eu só fazia umas coisas para experimentar, brincar, etc, não era nada tão sério. Peguei o ritmo pra produzir mesmo no final de 2006, fiz alguns remixes e até que em 2007 saiu minha primeira produção, que foi o remix de “Drop It Your Love” do Danny Oliveira pela Discover Dark. Aí de lá pra cá foram diversos remixes e algumas originais, como a “Made in Brazil” que saiu pela Five AM, que me rendeu a indicação ao prêmio de produtor revelação no DJ Sound Awards 2008, e a “Da Bomb” que vai sair em breve pela Discover Dark também.
A sensação de ter uma música sua tocada por um DJ que no passado, não muito distante, era um ícone pra mim, é algo do outro mundo, pois por anos eu me espelhava nele e via um sonho de pelo menos tocar juntos um dia, mas nunca imaginei que eles pudessem tocar uma música minha. É realmente uma sensação inexplicável.

I.E:
Hoje em dia está muito mais fácil o acesso ao material do DJ porém os downloads das tracks acabam prejudicando financeiramente os produtores. Voce se sente prejudicado ao ver uma track sua sendo tocada numa noite sabendo que ela não foi comprada? Como voce encara isso?
Jack:
Eu penso assim, se o cara não é DJ ou só brinca no quarto ou em festas de amigos por “hobby”, não vejo problema algum ele baixar músicas de graça, afinal ele está só se divertindo. Agora o cara que se diz DJ profissional, só baixa músicas de graça e ainda cobra pra tocar, ele realmente é um picareta, porque isso é praticamente uma obrigação, investir no artista que “bombou” a pista que ele tocou.

I.E:
Qual a sua opinião/visão sobre o vinil?
Jack:
EU AMO VINYL! Comecei em uma época onde CD não existia, as pessoas mal tinham um disc-man ou CD player em casa...hahahahahaha...toquei por muitos anos com as bolachas, até 2006 eu ainda investia muito nisso, mas infelizmente como a demanda das produções começou a ficar grande e os promos saiam primeiro em mp3, fui obrigado a largar as bolachas e partir para o CD, que posso dizer que estou muito feliz também, e só trocaria se fosse por um Serato...heheheheh

I.E:
Voce faz parte do comando do "Trance Brasuka" que tem como objetivo mostrar a evolução das produções de trance por brasileiros. Poderia falar para a gente sobre a série?
Jack:
O Trance Brazuka na verdade é um “especial” que faço em meu podcast iTrance, que atualmente está hospedado no site do rraurl. Nele eu mostro um pouco do que os nossos produtores vêm fazendo por aqui, e principalmente mostrar que temos muita qualidade comparada aos gringos.

I.E:
As States of Trance são referencia quando se fala em festa específica da vertente, algum projeto especial em vista para ela?
Jack:
Bom, até o final do ano teremos mais 2 edições da SOT na Pacha aqui em São Paulo. A primeira vai ser dia 08/11 com o Danilo Ercole, e dia 06/12 que será a 30º edição da festa, vamos receber o live inédito do BT, um dos maiores produtores de todos os tempos. Essa vai ser inesquecível!

I.E:
Por fim, algum recado e/ou agradecimento à produção e público da City Of Trance?
Jack:
Agradeço de coração o carinho de todos vocês! Foi simplesmente DEMAIS conhecer essa terra maravilhosa. Agradeço ao Enrico pela grande oportunidade, ele é simplesmente O CARA, e espero poder voltar em breve para podermos fazer mais e mais festas, com trance, é claro! Auhauhauhauhauha... Quem sabe um trio-elétrico no carnaval da COT, já pensaram nisso? :P
Abração


M Fernando

terça-feira, 21 de outubro de 2008

[MATÉRIA] Especial Fever





A Fever sem sombra de dúvidas tem uma história marcante na cena soteropolitana e na atualiadade é um dos eventos periódicos de maior destaque na cidade.

Oliver Jack, um dos principais e requisitados nomes soteropolitanos, DJ a mais de 15 anos e batalhador/apoiador da cena, é o "dono" do projeto que já tem mais de 2 anos. Foi numa conversa informal com o Informe Eletrônico, no final da tarde do dia 13 de Outubro, que uma das caras mais clássicas da e-music na cidade nos contou sobre a trajetória da Fever.

Em agosto de 2006 foi dado o "start" no projeto. Sustentado por uma vontade de ter uma festa própria e deixar sua maca na história da música eletrônica na cidade, Oliver Jack juntamente com Murilo Simões e os DJs Ariel Freitas e Bob da Hora lançam o projeto num bar chamado Novo México que ficava localizado na Barra (Salvador-BA).

O nome Fever vem do seu significado em inglês, febre, que era (e ainda é) um dos ideais da festa. "Queriamos exatamente isso, causar uma "Febre" no público" - afirma Oliver Jack.

Na sua "1ª temporada" (como titula o próprio), a Fever teve 8 edições em carater semanal, entre as últimas semanas do mês de Agosto e as primeiras do mês de Outubro do ano de 2006. Com um line-up formado por 3 ou 4 DJs por noite, foi nesse período que a festa revelou a DJ Anne Louise que hoje faz muito sucesso na cidade e preencheu (muito bem por sinal) uma carência de DJ do sexo feminino na cidade.

Após praticamente 8 meses de férias, em Julho de 2007, Oliver dar por iniciada a "2ª temporada" mudando um pouco o formato da festa implantando a "cultura long-set". Em 3 edições quinzenais entre Julho e Agosto na Boomerangue, a Fever revelou no Warm Up da terceira edição o DJ Duda Bueno, teve um "especial long-set" de 5h de duração do próprio Oliver Jack, ganhou o apadrinhamento do portal Farofa Digital que segundo o organizador teve um papel fundamental no crescimento da festa, e chamou a atenção do principal clube GLS da cidade, a Off Club.

Foi nesse período também que a festa foi abraçada pelo público GLS que atualmente é predominante no evento até pelo fato de acontecer numa casa do gênero atualmente. Fato que o próprio DJ afirma ser uma das âncoras do sucesso da festa visto que nos quesitos fidelidade e conhecimento no que está ouvindo tal público dá "banho".

Em Setembro do mesmo ano, depois que fechou com a Off Club, "a festa ganhou uma identidade" - afirma. Agora num grande clube, com toda uma estrutura e um público cativo, a Fever tomou o atual formato "Lab Party" o qual tráz no último sábado de cada mês um nome novo ou um nome que está um pouco apagado da cena. Foi nesse formato que os DJs Cacá e Gustavo Sann apareceram mais na cena (principalmente a GLS).e Mauzz foi revelado.

Hoje a Fever já vai para sua 24ª edição (13ª na Off Club) e é tida como uma das "queridinhas da Off". A próxima edição da Fever Lab Party acontecerá no próximo sábado, 25 de Outubro, na Off Club e tráz como convidado para o Warm Up DJ Foxx além do próprio Oliver Jack num set de 3h e o residente da casa DJ André Ycing que encerrará a noite. Vale a pena conferir!!

Para o ano que vem Oliver nos contou em primeira mão que a festa contará com um novo formato e terá um "upgrande" no nome passando a se chamar "Fever Urban House Music". A Fever perderá a característica de "laboratório de DJ" passando a "exigir" um pouco mais do line-up o que não significará falta de apoio aos novatos da cena. "O formato laboratório me causou alguns problemas. Agora poderá ter novato mas eu já sabendo que o convidado será capaz de fazer seu papel." - Oliver Jack.

M Fernando

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

[FOTOS] Cobertura na Off Beats (18/10)


Clique na foto para ampliá-la









Fotos por Pat Sakura

domingo, 19 de outubro de 2008

Resenha Off Beats (18/10)



Eis a melhor noite da grade Off Club: Off Beats. Desta vez, com ninguém menos que DJ Vlad, que ,com humildade e simpatia notórias, mostrou porquê é residente de um dos maiores clubes de São Paulo. A The Week está bem servida, vide Grá Ferreira, da festa de aniversário da Off, companheira de cabine do dito Vlad, que estrelou uma noite inesquecível junto ao DJ André Ycing, Off-residente.

Fato é que o centro da noite não esteve nas mãos do convidado, aliás... Diria que foi uma noite de brilho descentralizado, uma vez que não podemos esquecer do Warmp Up incrível do residente da casa, como há muito não se via – e do espetáculo que foi o encontro dos dançarinos Pink e Danilo no palco. Fora tudo já citado, o funcionamento da casa não deixou a desejar em nada. É natural que alguns serviços falhem em noites de superlotação, mas, desta vez, não foi o caso.

O incrível e já citado Warm Up do DJ André já começou animadíssimo – característica do público da Off: esqueçamos sets crescentes, os clientes estão sempre eufóricos e já adentram o “pistão” a fim de qualquer bom som que esteja acima de 130 bpm. O set de Vlad foi incrível, com destaque para a animação crescente (agora sim crescente) da pista, que respondeu muito melhor na última hora de apresentação. Tribal, sempre. Mas com muita classe. Com uma energia contagiante e uma seleção caprichada de músicas, o DJ convidado ligou o seu tímido laptop e fez a festa.

A noite teve o residente André de volta e o fim da festa, pra lá das 5h, eu não presenciei, caros. Mas, posso adiantar que o som de André Ycing dispensa rótulos e, portanto, não definiríamos tecnicamente e sim emocionalmente.

Júlia Galvão (Gema Carioca Music)