Ontem foi uma noite que retratou bem o quadro eletrônico em Salvador. Uma festa fantástica, um line up de primeira linha, uma maravilhosa performance dos DJs, um público que respondia ao set, mas o compromisso dos presentes com a música deixou a desejar.
A festa ser "Open Bar" ajudou bastante em 2 quesitos: Primeiro a encher o Bahia Café Hall. Segundo à resposta de um público que conhecia pouco do que estava realmente acontecendo ali. É complicado falar disso mas é a verdade, como foi relatado por Adriana Prates e publicado no Blog da Gema Carioca Music, o "Open Bar" foi uma atração de peso igual a Bob Sinclar e maior que o dos outros DJs, é só reparar no Banner da festa em que o "Open Bar" aparece praticamente do mesmo tamanho da principal atração da noite e o nome dos outros DJs sequer apareceu.
Cheguei e quem estava se apresentando foi Tom Keller! Um set FANTÁSTICO! O DJ deitou e rolou em loops e effects atiçando bastante o público. Seu set foi bem misto, ele passeava nas vertentes da House sem se preocupar em manter uma linha embora tenha explorado bastante a linha progressiva e o electro. O público respondia, ele mandava bala, o publico parava ele cortava ou "enfeitava" a track conseguindo levar os presentes à euforia. Creio que o clima só não esquentou mais devido ao fato da "preocupação" em pegar algo para beber e ficar "pronto" para a próxima atração.
Bob Sinclar assume os decks o que fez aglomerar o público quase que instataneamente. A entrada dele foi uma espécie de "chamada" com tracks do conhecimento do público e hits que algumas vezes nem de música eletrônica propriamente dita era. O DJ se mostrou um "mestre" em conquistar sua pista. Depois de conquistada não foi difícil manter a animação com a ajuda de MCs tendo inclusive "live" de violão na faixa "Together". Bob levantava a mão o povo gritava, nem era preciso entender o que ele queria dizer ou o significado dos gestos. O set de Sinclar é difícil definir mas o próprio chama de House e o tempo inteiro se ouvia "samples" contendo o nome da vertente (House). Após Bob Sinclar, que no final do seu set lançou 2 dos seus hits mais famosos, o público começou a ir embora.
André Pulse assume o comando com classe. Sua primeira track foi bem próxima do estilo que Bob tocava (e tinha que ser assim) mas depois ele chegou na linha progressiva fazendo um bom set essencialmente de progressive. André finaliza seu set com a capela de "Cotidiano" o que deixou muitos sem entender (e acreditar) que a noite havia acabado. Seria a intenção de deixar um gostinho de "quero mais"?
Infelizmente não presenciei o set de Mark Ursa.
A produção está de parabéns! A iluminação, som, estrutura, segurança e uma das "estrelas da noite" (a bebida) deram conta do recado direitinho. O público poderia melhorar um pouco, deixar de querer aparecer e sim curtir A MÚSICA ELETRÔNICA. Essa sim tem que estar em primeiro lugar em qualquer evento voltado à ela!! A produção fez seu trabalho, e que venham outros eventos com bons nomes.
M Fernando
A festa ser "Open Bar" ajudou bastante em 2 quesitos: Primeiro a encher o Bahia Café Hall. Segundo à resposta de um público que conhecia pouco do que estava realmente acontecendo ali. É complicado falar disso mas é a verdade, como foi relatado por Adriana Prates e publicado no Blog da Gema Carioca Music, o "Open Bar" foi uma atração de peso igual a Bob Sinclar e maior que o dos outros DJs, é só reparar no Banner da festa em que o "Open Bar" aparece praticamente do mesmo tamanho da principal atração da noite e o nome dos outros DJs sequer apareceu.
Cheguei e quem estava se apresentando foi Tom Keller! Um set FANTÁSTICO! O DJ deitou e rolou em loops e effects atiçando bastante o público. Seu set foi bem misto, ele passeava nas vertentes da House sem se preocupar em manter uma linha embora tenha explorado bastante a linha progressiva e o electro. O público respondia, ele mandava bala, o publico parava ele cortava ou "enfeitava" a track conseguindo levar os presentes à euforia. Creio que o clima só não esquentou mais devido ao fato da "preocupação" em pegar algo para beber e ficar "pronto" para a próxima atração.
Bob Sinclar assume os decks o que fez aglomerar o público quase que instataneamente. A entrada dele foi uma espécie de "chamada" com tracks do conhecimento do público e hits que algumas vezes nem de música eletrônica propriamente dita era. O DJ se mostrou um "mestre" em conquistar sua pista. Depois de conquistada não foi difícil manter a animação com a ajuda de MCs tendo inclusive "live" de violão na faixa "Together". Bob levantava a mão o povo gritava, nem era preciso entender o que ele queria dizer ou o significado dos gestos. O set de Sinclar é difícil definir mas o próprio chama de House e o tempo inteiro se ouvia "samples" contendo o nome da vertente (House). Após Bob Sinclar, que no final do seu set lançou 2 dos seus hits mais famosos, o público começou a ir embora.
André Pulse assume o comando com classe. Sua primeira track foi bem próxima do estilo que Bob tocava (e tinha que ser assim) mas depois ele chegou na linha progressiva fazendo um bom set essencialmente de progressive. André finaliza seu set com a capela de "Cotidiano" o que deixou muitos sem entender (e acreditar) que a noite havia acabado. Seria a intenção de deixar um gostinho de "quero mais"?
Infelizmente não presenciei o set de Mark Ursa.
A produção está de parabéns! A iluminação, som, estrutura, segurança e uma das "estrelas da noite" (a bebida) deram conta do recado direitinho. O público poderia melhorar um pouco, deixar de querer aparecer e sim curtir A MÚSICA ELETRÔNICA. Essa sim tem que estar em primeiro lugar em qualquer evento voltado à ela!! A produção fez seu trabalho, e que venham outros eventos com bons nomes.
M Fernando
Um comentário:
Concordo que no quesito musical a festa foi impecável, entretanto não concordo que o open bar funcionou de forma satisfatória. Era uma dificuldade terrível para se pegar uma bebida, gelo então era escasso. E o open bar, leia-se “red label e smirnoff puras, cerveja, refrigerante pet e água”, considerando que o valor do ingresso no dia estava R$ 120 (pelo menos foi o que eu paguei), poderia oferecer pelo menos algumas opções de roska, pra quem não consegue beber whisky e vodka pura. Outro quesito sofrível foi a limpeza do lugar. Era lixo espalhado pra todo lado. No banheiro, por volta das 3 h da manhã não havia mais água, o lixo se amontoava, o local estava todo vomitado. Sinceramente, o evento valeu a pena apenas pela musicalidade, mas não acho que a estrutura do local valeu a pena. Seguramente eu não iria novamente nesta festa.
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